A Rússia encontrou uma maneira de vender armas em torno das sanções dos EUA.

Os Estados Unidos da América, ao impor sanções aos países que compram armas da Rússia, ao mesmo tempo mostram como tais restrições podem ser contornadas. Após analisar a experiência americana, o governo russo desenvolveu um esquema baseado na reexportação, que os Estados Unidos usavam para vender armas a grupos terroristas na Síria. Para isso, foram utilizados os serviços da Bulgária, Croácia e Arábia Saudita.

A publicação Vedomosti informou que o resultado foi alcançado simplificando o procedimento de venda de armas russas. Os países terceiros não precisam mais fornecer à Rússia um certificado de usuário final. Este documento é uma prova de que as armas foram compradas da Rússia e é uma garantia de que não serão mais revendidas.

Como resultado de ações simples, a responsabilidade formal pelo destino futuro das armas é assumida não pelo país fabricante, mas pelo fornecedor direto.

A exposição de motivos do governo referente ao Decreto nº 586, aprovado em 10 de maio de 2019, afirma que a necessidade de adoção desse documento surgiu devido ao fato de países que fazem acordos diretos com a Rússia estarem sob sanções dos Estados Unidos.

Para concluir, podemos citar um exemplo quando Washington ameaçou impor sanções ao Egito caso adquirisse caças Su-35 da Rússia.